by LCG. Outubro 2019
No modelo linear de produção, o crescimento económico depende do consumo de recursos finitos, que traz o risco iminente de esgotamento de matérias-primas e custos cada vez mais elevados na sua extração. No fim do processo, gera-se um enorme volume de resíduos inutilizados e potencialmente tóxicos para os seres humanos e os ecossistemas que contaminam.
A esta cadeia de valor, dita tradicional, a Economia Circular acrescenta novos estádios e amplia os fatores a ter em conta nas fases já conhecidas, através de uma integração total.
Num modelo circular existe o desenvolvimento de novos produtos e serviços economicamente viáveis e ecologicamente eficientes, radicados em ciclos de vida, preferencialmente, eternos. A economia circular procura manter os produtos e materiais em uso durante o maior tempo possível, minimizando a quantidade utilizada, prolongando a sua vida útil e maximizando a reutilização e a reciclagem de resíduos.
Durante vários anos, o consumo global foi sustentado sobre um modelo de "produz, consome, descarta". Atualmente, as organizações mais inovadoras estão a implementar soluções cada vez mais "circulares".
Em 2015, a Comissão Europeia adotou um ambicioso Plano de Ação para a Economia Circular, incluindo medidas para ajudar a estimular a transição da Europa para um sistema circular, aumentar a competitividade global e promover o crescimento económico sustentável e gerador de novos empregos. O quadro legislativo revisto sobre resíduos entrou em vigor em julho de 2018. Define metas claras para a redução de resíduos e estabelece uma trajetória de longo prazo ambiciosa e credível para a gestão de resíduos e para a reciclagem:
Um processo de transição depende sempre de um conjunto de fatores. Neste caso, a transição do modelo linear para o circular, do ponto de vista empresarial, merece duas abordagens distintas: uma para empresas já estabelecidas e outra para novas empresas.
Para as empresas em operação, a transição pode ocorrer ao abrir modelos de negócios paralelos aos tradicionais, como forma de entrada neste mercado. Exemplo:
Para os novos empreendedores, é necessário compreender quais as oportunidades do mercado e a relação com o negócio a desenvolver. A estratégia tem de estar totalmente alinhada com as vantagens das soluções circulares. Um exemplo, enquanto continuidade do exemplo do maracujá, é a criação de novos subprodutos:
A Economia Circular está a crescer e a ganhar força em variados setores e geografias, mas um planeamento eficaz para o crescimento futuro pode ser difícil de gerir e justificar devido às exigências do "agora".
A chave é transformar desafios em oportunidades, e oportunidades em ações concretas - algo fundamental para a criação de um ambiente favorável ao crescimento dos negócios.
Um dos principais desafios identificados pelo presidente da APA (Agência Portuguesa para o Ambiente), está em “assegurar o regresso de certos materiais à economia sem que os custos sejam proibitivos”.
Mas os desafios têm um enorme potencial, pois as oportunidades começam a ser mensuradas e com resultados bastante expressivos:
Mais do que nunca, as empresas precisam de se adaptar às mudanças que a Economia Circular exige. A LCG constrói consigo esse caminho, ajudando a sua empresa na criação de soluções com valor acrescentado e com um impacto positivo no ambiente e na comunidade.
Avaliamos o nível de maturidade da Economia Circular da sua empresa, identificando as principais fragilidades em termos de desperdício e ineficiência, mas também as oportunidades de melhoria. Através de um instrumento de benchmarking e de um modelo testado e implementado em diferentes indústrias (Corticeira, Cerâmica, Papeleira, entre outras), a LCG cria um plano de ação para que a sua empresa beneficie das oportunidades da Economia Circular, melhorando a qualidade dos seus produtos e serviços, aumentando a rodutividade dos seus recursos e reduzindo custos.